segunda-feira, 27 de julho de 2020

Esse blogue está parado a tanto tempo que não sei mais se seus criadores originais ainda tem acesso.

Embora os caminhos tenham se separado a muito tempo e pela força do tempo talvez jamais se encontrarem novamente, as lembranças de velhos amigos jamais serão esquecidas. Tenho acreditado por muitos anos na fraternidade, criatividade e determinação humana, qualidades e capacidades capazes de moldar o futuro. Tantos lutaram antes de nós para escrever essa tênue linha que chamamos de história e agora a nós é permitido moldar as vicissitudes humanas, somos privilegiados com a força e conhecimento de milhares de ancestrais. Agradeço por poder viver ao menos um momento em um mundo tão maravilhoso. Glorioso seja o criador de todo o cosmos, seja ele um Deus, matemático, físico, cientista louco ou uma Inteligência Artificial, pois a nós foi dada a capacidade de mudar o meio, explorar, expandir, criar, melhorar as coisas e a si mesmos. Estamos apenas a um passo de distância da origem, uma distância muito curta perto do quanto podemos percorrer.

Espero muito que todos estejam bem e que sempre exista paz, harmonia, determinação, criatividade, vontade e fé, seja em Deuses ou em si mesmo. Você sempre pode mais, apenas siga o que realmente ama e o que é justo, não apenas para você, mas para todos.

Que abençoado seja o seu caminhar Antonio e que a benção de todos os Deuses e de todas as nações guiem seu caminhar seja onde quer que vá. Um abraço de alguém que o respeita e admira desde que era um garoto.
Obrigado por fazer parte de minha vida. E se cuida!





quarta-feira, 24 de julho de 2013

Parte 2

Detomax permaneceu agarrado na proa do barco durante um longo tempo, seus braços doíam, seu corpo cansado pedia para descer daquele lugar, mas o medo ainda o dominava, não era medo do assassino, não Detomax ja havia enfrentado coisas bem piores em seu passado, coisas que nem mesmo ele acreditava de terem sido reais, mais isso agora havia ficado no passado. Seu medo, era descobrir quem realmente era o assassino, pois aquelas letras tatuadas, ele já havia as visto em um outro lugar.

Mais algum tempo passou até que finalmente Detomax desceu da proa e se agarrou firme nas bordas do barco, subindo novamente abordo de Dorian. O som das ondas batendo no barco encobriam qualquer ruido que seus passos podiam fazer, ele se rastejou para perto da porta onde havia visto Mandy ter sido estrangulada e através de uma pequena fresta na porta observou para dentro do barco, não havia sinal de ninguém.

Detomax procurou a sua volta alguma coisa para se proteger mas encontrou somente um balde velho de ferro que usavam para lavar o convés do barco, aquilo não iria lhe ajudar em nada e então achou melhor se esconder e esperar o anoitecer.


sábado, 1 de junho de 2013

A seis mãos.

Bem, esta é uma iniciativa que os colaboradores deste blog decidiram fazer. Como uma Oficina Literária, iremos escrever a seis mãos, e a cada rodada, um terá a incumbência de continuar o texto de onde parou. Quando a "bola da vez" concluir sua parte, chuta para o próximo participante. Então posto aqui o pontapé inicial, deixando para Alan os próximos capítulos. Lembrando, que pode ser qualquer contribuição, uma linha, um parágrafo, um capítulo, o que o tempo permitir ou a imaginação contribuir. Vamos nessa!


(Antônio) Eram 7h da manhã, quando Alan Detomax atravessou as docas. O vento oeste batia em suas costas, levando suas passadas largas a uma corrida de cem metros. Rapidamente chegou no barco Dorian.
(Marta) Havia chegado de forma tão abrupta no barco, que seu coração batia descompassado. Suas mãos trêmulas procuravam se agarrar ao leme, como forma de estabilizar não só seu corpo, mas o barco que parecia estar à deriva. Não estava só, isso ficava evidente devido a oscilação do barco de um lado para o outro, como se uma força o projetasse para o lado oposto onde se encontrava. Por uma fração de segundo, Alan sentiu um calafrio percorrer sua espinha.
(Antônio) Pela escotilha pode observar um braço robusto percorrendo o pescoço de Mandy Fox, parecia uma cena romântica, não fosse o estalar dos ossos, em segundos seu rosto virava às costas. Uma dor fisgou seu estômago, as pernas tremeram, e num golpe único disparou todo conteúdo gástrico no convéis. Seu pensamento estava aos turbilhões, sua vida percorreu em segundos, e concomitante, pensou em todas as possibilidades possíveis. Como sair dali? Quem assassinou Mandy? Como reunir provas? Quando recuperou os reflexos, verificou que o barco se afastava da baía, deixava o estreito de Gibraltar pra trás e rumava Oceano Atlântico adentro, pela costa de Andalucia.
(Marta) Seu corpo inteiro doía da tensão do momento. Num ímpeto se jogou ao mar e com a precisão de um felino, se agarrou a proa do barco gatunamente. Precisava descobrir quem era aquele homem, cujo braço tatuado com as iniciais JMY havia sem piedade alguma dilacerado a vida de Mandy. O barco se afastava cada vez mais da costa. Agarrado a proa, os braços lhe doíam com tanta intensidade que pareciam a qualquer momento romper as articulações. O resto do seu corpo já estava entorpecido. O único pensamento que lhe via na cabeça naquele momento era: “- Devo isso a Mandy”.  
(Antônio) O homem truculento de dentro da cabine parecia ter percebido algo estranho. Saiu de lá e percorreu o barco com seus olhos estalados, de um canto a outro, pareciam dois telescópios. Parado e olhando para o infinito, concentrou todos os sentidos, audição, visão e olfato a confirmar sua suspeita. Após longos segundos, retornou à cabine, arremeteu a leste e estacionou a embarcação. No meio do mar aberto começou a esquartejar o corpo de Mandy. Mandy Fox era linda, uma jornalista de grande credibilidade, trabalhava na rede BBC de Londres. Recentemente assumira a função de repórter investigativa, sendo responsável por editar a programação para o canal Discovery, um programa chamado Match Trace, que já fazia sucesso, mesmo após 3 meses da estréia. Devido a sua eficiência, Mandy vasculhava e desvendava diversas denúncias publicadas na rede WikiLinks, desde fraudes dos governos a missões secretas.



domingo, 5 de maio de 2013

Aval Aprovado, agora é so seguir enfrente com o projeto.

Obrigado Antonio, pelo voto de confiança em me disponibilizar um espaço aqui e tambem em me meixar criar um novo projeto. Tive seu aval aprovado hahahaha agora posso seguir enfrente.

Como eu disse, não tenho nada ainda, precisarei de uma semana pra penssar rsrsrs. Se puder me ajudar tambem, vo ficar super feliz.

Aqui vai um pequeno cronograma.
- Semanalmente irei colocar aqui capitulos da historia.
- Irei colocar tambem musicas, filmes videos e algumas coisas queme ajudam a penssar.

Então como não tenho nada pronto ainda, vou colocar algumas coisas que começaram a clarear minha mente.

Um video é sobre um dos jogos que mais marcaram minha adolecencia.
Night Mare Creatures II, sem duvidas um dos jogos mais sinistros que tive a oportunidade de jogar.


Agora trago a musica epica da saga filmes de terror Jogos Mortais


Bem, essa é a unica forma que conheço de buscar inspiração, assistir filmes, videos musicas. Se alguem souber de outras, ficarei muito grato por compartilhar comigo.

Até a proxima semana então galera e com toda certeza terei o capitulo 1 feito e em mãos.
Abraços e até mais o/




Ps: Antonio, seu e-mail não chegou.
Ps²: Fiquei triste pq vc parou no Tw.
Ps³: Se quiser falar algo to lá no Tw.

domingo, 28 de abril de 2013

Minha Apresentação

Ola, bem esse é meu primeiro post neste blog, eu meio que estou invadindo o pedaço mas prometo que vou tentar trazer alguma coisa utiu e boa.

Primeiro de tudo agradecer ao Antonio por me dar esse espaço aqui onde pretendo trazer alguma coisa nova ou dar continuidade em seus projetos (se ele me permitir é claro).

Agora vou me apresentar.

Me chamo Alan Moreira, sou de uma cidadesinha chamada Umuarama, gosto de ler livros( quando a preguiça deixa) , assistir desenhos animados, jogos,  sorvete, rock e musicas de todos generos. Tenho 19 anos e moro com meus pais, trabalho como auxiliar administrativo e pretendo fazer Letras e me tornar um escritor. (Posso sonhar né?)

Atualmente sou pessimo com o portugues, por isso pretendo fazer Letras. Na verdade resolvi fazer letras porque eu fiz uma redação para um concurso onde minha nota foi ZERO,  fiquei revoltado comigo mesmo e resolvi mudar. E outra, sempre que vejo pessoas escrevendo bonito sinto uma tremenda vontade de fazer algo igual, o Antonio mesmo foi um dos exemplos.

Bem sobre os projetos se eu der continuidade ao projeto do Antonio tenho total certeza de que vou fugir completamente da vontade dele e que eu não serei capaz de conseguir fazer algo bom. Então se ele me permitir, gostaria de começar algo novo. Ainda não sei o que, mas tenho em mente uma historia de suspense envolvendo misterios em uma escola onde alguma coisa que aconteceu no passado começa a vir a tona quando um novo professor se muda para esse lugar.

O coveiro? rsrsrs nome sinistro e mal feito, claro acabei de penssar nisso kkkkk...

Bem, esperando a val do Antonio sobre isso, se ele permitir ficarei mais que agradecido pela oportunidade em poder colocar minhas ideias em pratica.

Muito obrigado para quem leu até aqui e Bye Bye!



segunda-feira, 9 de novembro de 2009

4 - GB: lembranças de um amigo

Antes de se retirar da festa flamenca, Ramirez lembrou de seu sábio amigo e parceiro de colheita nos parreirais. Seu Manoel Antero era um velhinho português que viveu boa parte de sua vida nos vinhedos de Byass e um dos primeiros moradores do que hoje se chama o vilarejo de González Byass. O vilarejo cresceu, pois todos os serviçais contratados do vinhedo foram formando família e construindo suas casas próximas uma das outras, uma pequena capela foi construída para os rituais cristãos e um humilde centro administrativo se formou. Com o tempo, de acordo com a necessidade das famílias, estradas de chão batido foram surgindo e organizando cada vez mais o cenário rural até adquirir um patamar de vilarejo, inclusive com um mercadinho que vende até mesmo medicamentos. O trabalho se desenvolvia em duplas, e nas colheitas de uvas era possível aprender muitas coisas com Manoel Antunes. Uma das grandes lições, foi a descrição dos costumes da região de Jerez, em especial, sobre a tradição da família Byass e sua relação com perdas e conquistas históricas desde as invasões mouras no sul do território espanhol.


- Você gostaria de saber a verdadeira origem da família González Byass? – indagou Manoel com um sotaque luso-espanhol.

Por que não? – pensou Ramirez, já que a rotina de colheita era monótona e a capacidade verbal de Manoel fazia qualquer pessoa se hipnotizar com sua voz senil, tranqüila e empertigada, sem falar da riqueza cronológica que envolve o enredo de suas histórias.

- Claro que sim – respondeu Ramirez, enquanto passava os braços pela testa para secar o suor e recobrar o fôlego para a jornada do dia.

- Muito bem meu rapaz, preste muita atenção, pois falo uma só vez e essa história é de dobrar o justador. Vou começar com um breve relato histórico, que você pode confirmar em qualquer livro, faço questão de dizer, pois nas minhas palavras só serão encontradas veracidades.

- Prossiga – falou Ramires já intrigado.

Ajeitando as uvas no enorme cesto de vime, o sábio velhinho ao som da sirene que informa o tempo para descanso, puxou um tronco cerrado para se recostar e com um olhar diligente encarou Ramirez, passou os dedos, polegar e indicador, do centro para os cantos da boca, no seu enorme bigode branco e começou a falar.

- Em 711 d.c., comandados por Tarik, os muçulmanos atravessaram o estreito de Gibraltar e invadiram a Península Ibérica. Os cristãos espanhóis vencidos só muito lentamente recuperaram o território. Na terra e nas gentes ficaram os vestígios da sua permanência. O avanço dos mouros foi rápido e somente ao norte tornou-se mais difícil vencer os cristãos que se refugiaram nas montanhas das Astúrias. Também se tornou difícil defender e manter os territórios conquistados, pois os cristãos organizaram-se para o contra-ataque. A reconquista de terras aos muçulmanos foi feita com avanços e recuos e demorou quase oito séculos no Sul da Península Ibérica. Essa região que trabalhamos foi marcada por muito sangue derramado, e hoje esse vestígio só pode ser desvelado aos olhos de um bom observador, veja a cor dessas uvas, são como sangue coagulado.

Ramirez observou as mãos de Manoel que esmagavam um cacho de uvas. Por entre os dedos escorria o sumo violeta e o aroma adocicado percorreu o ar.

- E qual a relação dessa história com a família Byass? – indagou Ramirez.

- Calma rapaz, toda família tem uma vida longa que atravessa épocas e gerações. E as reminiscências de um passado longínqüo são os principais elementos para entendermos o presente. Vamos voltar ao trabalho, amanhã continuamos esse assunto  – falou um pouco contrariado com o ímpeto do rapaz.

domingo, 8 de novembro de 2009

3 - LyS: o início no haras

A alvorada despontava e Orácio Penã já organizava a rotina do dia para o Haras Lazza. Tudo deveria ser realizado com perícia, tratava-se de um dia muito especial pois a carga de QM chegaria e a euforia pairava no ar desde cedo. De origem norte-americana, o QM (Quarto-de-Milha), como o próprio nome diz, tem como característica principal o arranque para correr quatrocentos metros, ou seja, a quarta parte de uma milha. Entre todas as raças eqüinas, provavelmente nenhuma outra tem a capacidade de fazer este percurso em uma média de 22 segundos. Na formação dessa raça, ouve a inclusão do Puro-Sangue Inglês - animal nervoso, alto e muito veloz, que chega à velocidade de 60km por hora – e também do Mustang – independente, resistente e anti-social, sendo desenvolvidos para enfrentar a vida selvagem.
No horizonte verde de colinas, o sol começava a sorrir e prometia um dia alegre e cheio de energia. A essa altura, a seleção da dieta dos animais ja estava encaminhada conforme o programa individual estabelecido, e cada baia já possuia seu preparado matinal de pasto Tifton – a melhor gramínea para pastejo, com os devidos nutrientes já incorporados à ração. A poucos quilômetros dali, o jovem Ramirez percorria a estrada de chão batido na carona de uma camionete que Leopoldo guiava. Durante o percurso, o fazendeiro discursava sobre a conquista do império verde que transpassavam, e da importância deste dia para o haras de sua família. Enquanto isso, Orácio Peña comandava uma equipe de 36 peões distribuídos nas atividades de alimentação, doma, massagem, enfermaria e cobertura dos garanhões. Foi então, quando a caminhonete de Leopoldo despontou na estrada de acesso ao Haras Lazza, que uma nuvem gigante cobriu o céu e segundos foram necessários para enegrecer a paisagem, a chuva caiu repentina e forte vindo do sul e contra o parabrisas ouvia-se o estalo da batida tal a espessura das gotas. Leopoldo contornou o enorme chafariz em bronze que homenageava o multi-campeão Pegasus Dakart, um puro sangue inglês que arrebatava prêmios com seu famoso sprint, seu pelo negro reluzia nos grandes prêmios e levantava a multidão nos hipódromos tal altivez e ferocidade nos metros finais. Não fosse pelo fracasso no Grande Prêmio de Harrington nos EUA, poderia ser considerado o maior de todos os tempos. Com um breve aceno de mão, os portões abriram-se diante do fazendeiro, ao alto um pórtico esplendoroso trabalhado em mármore dava as boas vindas a terra dos campeões. O párabrisa quase não dava conta da água que jorrava do céu, neste momento, com a visão meio turva através do vidro dianteiro da caminhonete, Leopoldo e Ramirez ofuscaram-se com um clarão que partiu o céu e um estrondo ensurdecedor parecia proclamar o final do mundo. Uma confusão a frente de peões se formou tentando restabelecer a ordem pois uma tropa avançou pelo cercado amontoando-se uns nos outros. Alguns instantes de nervosismo para conter os cavalos, e no recesso da ação, um caminho foi se abrindo entre peões e cavalos descobrindo a grande tragédia que estava por vir.